'Bonito está por um fio': Mateus Solano faz alerta sobre degradação ambiental na capital do ecoturismo
07/11/2025
(Foto: Reprodução) O ator Mateus Solano em visita à Gruta do Lago Azul, em Bonito (MS).
Reprodução/Redes sociais
O ator Mateus Solano fez uma postagem nas redes sociais nesta quinta-feira (6) sobre Bonito (MS), cidade turística que atrai visitantes nacionais e internacionais e é conhecida como a capital do ecoturismo. Na publicação, ele faz um alerta sobre degradação ambiental no município
“Hoje, quando olho para as águas cada vez menos azuis e para o verde que se desfaz ao redor, sinto o eco dessa história. Bonito ainda brilha aos olhos de quem chega, mas sangra por dentro. (…) Bonito está por um fio. E talvez o único milagre possível seja a consciência”, lamenta o ator.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp
O texto é acompanhado por imagens de Mateus Solano em visita a locais como a Gruta do Lago Azul, em Bonito, e no Cânion do Rio Salobra, no Parque Nacional da Serra da Bodoquena, em Bodoquena (MS).
“Bonito ainda brilha aos olhos de quem chega, mas sangra por dentro. Os rios adoecem, as matas se fragmentam e o silêncio das grutas parece repetir a antiga profecia”, escreveu.
Initial plugin text
LEIA TAMBÉM
Boca da Onça: maior cachoeira de MS seca e revela desmoronamento de parte icônica
VÍDEO: chuva deixa rio cristalino turvo e com lama em paraíso em Bonito
Desmatamento
Dados do MapBiomas mostram que a Serra da Bodoquena, que inclui Bonito, Bodoquena e Jardim, teve 17,3 mil hectares desmatados entre 2020 e 2024, o equivalente a cerca de 17 mil campos de futebol. Bonito registrou o maior desmatamento no período:
1️⃣Bonito: 9,3 mil hectares desmatados
2️⃣Bodoquena: 5,5 mil hectares desmatados
3️⃣Jardim: 2,5 mil hectares desmatados
Especialistas têm alertado sobre as estatísticas do desmatamento na região associadas à crise climática. Entre os principais problemas enfrentados em Bonito, por exemplo, que é apontado como resultado da degradação ambiental, está o turvamento do rio Formoso, conhecido pelas águas transparentes e com coloração esverdeada que atrai os visitantes.
Em julho, o Minsitério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou inquérito após denúncia do Ministério Público Federal (MPF) que alerta para impactos ambientais na Serra da Bodoquena e falhas na fiscalização da vegetação nativa. Na ocasião, o MPMS cobrou mais eficácia do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) na fiscalização da região.
Em Bodoquena, a falta de água na cachoeira mais alta de Mato Grosso do Sul, a Boca da Onça, que tem 156 metros de altura, preocupa ambientalistas da região. Considerada um dos principais patrimônios naturais do estado, a queda d´água está desaparecendo em diversos períodos do ano e, enfrenta ainda, o desmoronamento e descaracterização da formação da cara de uma onça na rocha, parte icônica do atrativo natural.
Maeus Solano posta foto em meio à soja, em Bonito (MS).
Reprodução/Redes sociais
Boca da Onça: parte da maior cachoeira de MS desmorona com seca
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
