Haddad nega retaliação ao tarifaço de Trump e diz que Brasil não avalia taxar dividendos

  • 19/07/2025
(Foto: Reprodução)
Montagem mostra Haddad e Trump TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO; ROBERTO SCHMIDT/AFP O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou neste sábado (19) que o governo brasileiro esteja avaliando retaliações contra os Estados Unidos em resposta à tarifa de 50% imposta pelo presidente americano Donald Trump sobre produtos brasileiros. Em publicação nas redes sociais, Haddad afirmou que a adoção de medidas mais rígidas de controle sobre dividendos “não está em consideração”. A declaração do ministro ocorre após uma semana de intensa pressão diplomática e forte repercussão política do chamado “tarifaço de Trump”, anunciado no último dia 9 de julho. O presidente americano justificou publicamente a medida com motivação política. Em entrevista na Casa Branca, Trump afirmou que impôs a tarifa por considerar “uma desgraça” o que está sendo feito com o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. “Conheço o ex-presidente. Ele lutou muito pelo povo brasileiro… o que estão fazendo com ele é terrível”, disse Trump. A retórica foi reforçada na carta enviada a Lula, em que o republicano classificou o julgamento de Bolsonaro como “uma vergonha internacional” e o chamou de “Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”. O republicano afirmou, sem apresentar provas, que o Brasil também tem promovido “ataques insidiosos” contra eleições livres e violado a liberdade de expressão de americanos. O argumento econômico, ao qual Trump recorreu em outras ocasiões, também foi distorcido: ele alegou que os EUA têm déficit comercial com o Brasil, quando, na realidade, dados de ambos os países mostram que os norte-americanos compram mais do que vendem para o Brasil desde 2009. Apesar do tom agressivo da carta e das falas de Trump, o governo brasileiro tem evitado responder com medidas de confronto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil é um país soberano e que “não aceitará ser tutelado por ninguém”, mas reforçou a disposição de buscar diálogo com os Estados Unidos. Uma nova carta foi enviada nesta semana à Casa Branca, assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O documento manifesta “indignação” com a tarifa e cobra resposta a uma mensagem enviada anteriormente, ainda em maio. Até agora, não houve retorno. No campo legal, o governo avalia a possibilidade de acionar a Lei da Reciprocidade Econômica, regulamentada nesta semana, que autoriza o Brasil a impor medidas similares contra países que adotem sanções unilaterais. Lula já afirmou que o uso da lei será feito “quando necessário”, e indicou que o Brasil buscará apoio de outros países afetados pelas tarifas para levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC). “A partir daí, se não houver solução, nós vamos entrar com a reciprocidade já a partir de 1º de agosto, quando ele começa a taxar o Brasil”, disse o presidente em entrevista. LEIA TAMBÉM: Carne, mel, madeira, peixe e mais: as vendas brasileiras já prejudicadas por anúncio de tarifa de Trump Haddad vê decisão de Trump sobre tarifas como ato político e culpa família Bolsonaro por tensão com EUA Como o Brasil poderia retaliar os EUA após tarifas de Trump Exportação de manga do Brasil é ameaçada por tarifa de Trump Tarifa ao Brasil é a maior em todas as cartas de Trump Como a tarifa de Trump impacta o mel brasileiro

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/07/19/haddad-nega-retaliacao-ao-tarifaco-de-trump-e-diz-que-brasil-nao-avalia-taxar-dividendos.ghtml


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