Pedido de vista no TSE suspende julgamento sobre cassação de governador de Roraima pela 3ª vez
11/11/2025
(Foto: Reprodução) Antonio Denarium e Edilson Damião (de gravata vermelha) quando tomaram posse como governador e vice em Roraima
Ale-RR/Divulgação/Arquivo
Um novo pedido de vista — mais tempo para análise — suspendeu o julgamento sobre a cassação do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), e do vice Edilson Damião (Republicanos), nesta terça-feira (11) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa é a terceira vez que o processo é paralisado na Corte.
O TSE julga um processo em que os dois respondem por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. A ação começou a ser julgada há mais de um ano na Corte (entenda abaixo).
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O pedido de vista foi feito pelo ministro Nunes Marques e ainda não há data para a retomada do julgamento. Pelas regras do TSE, o pedido pode durar até 60 dias.
Essa é a terceira vez que o processo sobre a cassação é suspenso no TSE. A primeira foi em 13 de agosto de 2024, mesmo dia em que começou a ser julgado. No dia, o julgamento foi suspenso em comum acordo pelos ministros.
A segunda suspensão aconteceu no dia 26 de agosto de 2025, quando a análise do processo foi retomada. Cerca de duas horas após o início da sessão, o ministro André Mendonça pediu vista. À época em que o processo iniciou, em 2024, ele já fazia parte do colegiado responsável por julga-lo.
No dia 26, antes do primeiro pedido de vista, a ministra relatora Isabel Gallotti negou os recursos apresentados pelos políticos e votou a favor da cassação dos diplomas do governador e do vice por abuso de poder político e econômico. O voto dela teve 82 páginas.
Denarium foi cassado quatro vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR). A ação que o TSE retomou e suspendeu nesta terça refere-se à terceira cassação, decidida em janeiro de 2024. Denarium e Edilson recorreram da decisão estadual, o que levou o caso para julgamento no TSE.
💡 Entenda: O governador permaneceu no cargo porque ainda há o recurso pendente de julgamento no TSE. Esse recurso tem efeito suspensivo, o que significa que a decisão de cassação não pode ser executada até que o TSE, última instância da Justiça Eleitoral, analise e decida de forma definitiva sobre o caso. O mandato atual do governador vai até 31 de dezembro de 2026.
LEIA TAMBÉM:
1ª cassação
2ª cassação
3ª cassação (esta é a que iniciou o julgamento e foi suspensa no TSE)
4ª cassação
➡️ No processo em julgamento no Tribunal Superior, o governador e o vice são acusados de distribuir bens e serviços durante o ano eleitoral, repassar quase R$ 70 milhões em recursos para municípios do estado sem a observância de critérios legais e extrapolar gastos com publicidade.
Caso tenham os mandatos cassados, ele o vice podem recorrer da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF). O recurso, no entanto, não tem efeito suspensivo e eles são afastados dos cargos imediatamente.
*Essa reportagem está em atualização
Relembre como foi a segunda suspensão do julgamento:
Ministro pede vista e TSE suspende pela 2ª vez julgamento sobre cassação do governador de
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