Sete são presos em Juiz de Fora e Região de Lagos por suspeita de participação com o Comando Vermelho; grupo movimentou R$ 30 milhões em dois anos, diz PC
04/11/2025
(Foto: Reprodução) Delegados Márcio Rocha e Bruno Wink participaram da operação Êxodo
Wesley Barbosa/TV Integração
Cinco homens e duas mulheres foram presos durante a operação Êxodo, realizada pela Polícia Civil em Juiz de Fora e nas cidades de Cabo Frio e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do RJ, nessa terça-feira (4).
Conforme a polícia, todos os suspeitos têm relação direta com Juiz de Fora e envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho. Em cerca de dois anos, o grupo teria movimentado cerca de R$ 30 milhões em ações criminosas, como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, tendo como principal ponto de articulação o Bairro Linhares, em Juiz de Fora.
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Os agentes continuam em busca de outros três suspeitos, também alvos de mandados de prisão.
Durante a operação, foram cumpridos também 24 mandados de busca e apreensão, com localização de armas, dinheiro, lanchas, moto aquática, carros, rádio comunicador e outros materiais. Em Ubá, o alvo foi o dono de uma produtora de eventos, que também é de Juiz de Fora.
Somente em Minas, 80 policiais participaram da operação, conforme a Civil.
Operação planejada há 10 meses
Segundo delegado Márcio Rocha, as investigações da operação Êxodo tiveram início há 10 meses. Ainda conforme ele, a atualização do grupo no Linhares leva em ponto a proximidade com unidades prisionais.
“O Linhares é um bairro estratégico para a organização pela proximidade do presídio e com as lideranças que estão presas ali. A gente já vem monitorando esse pessoal há algum tempo e a operação de hoje foi um desdobramento de operação anterior já realizada que eles [alvos] também lavavam dinheiro para o tráfego, especificamente o Comando Vermelho”.
“Conseguimos, através de ações de inteligência, reunir informações e descobrir que eles movimentaram R$ 30 milhões, o que justifica essa apreensão de dinheiro, apreensão de lanchas, jet-ski, armas”.
Ainda conforme ele, a ação também tem relação com a operação 'Genesis 3:19’, realizada em junho do ano passado em Juiz de Fora, que terminou na prisão de quatro pessoas das mesma família por suspeita de agiotagem e ameaças em Juiz de Fora.
Sem controle territorial armado em Minas
Durante a coletiva, que também contou com a participação do delegado Bruno Wink, a megaoperação realizada contra integrantes do Comando Vermelho nos complexos da Penha e Alemã, no Rio de Janeiro, há exatamente uma semana, foi lembrada pelos agentes.
Eles ressaltaram as ações realizadas em Juiz de Fora no combate à facção, que não têm controle territorial armado em nenhum ponto da cidade.
“Queremos tranquilizar a população de Juiz de Fora e a população de Minas quanto a essa migração de faccionados. Em Minas Gerais, não existe controle territorial armado. Aqui é polícia entra, em qualquer lugar, a qualquer hora".
"E essa operação foi oportuna, a gente quis dar esse recado, que a gente está monitorando qualquer movimentação de organização criminosa, de faccionados. A gente está constantemente monitorando e prendendo esses membros, os seus membros de inflação criminosa", destacou Márcio Rocha.
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